domingo, 24 de janeiro de 2010

O RETORNO DOS MESTRES …

Desde a mais remota antigüidade grandes mestres têm encarnado ou reencarnado em nosso planeta, desde os filósofos platônicos e os patriarcas hebreus até nossos dias. E todos eles tiveram uma doutrina a nos transmitir.
Sócrates e Platão, por exemplo, nos legaram os seus ensinamentos filosóficos e trataram de diversas questões, inclusive o controvertido tema da reencarnação, que até certa época foi aceita pela própria Igreja, e que a partir de um determinado momento histórico, foi abolida como realidade ou crença entre os católicos.
Dentre esses mestres, tivemos Zarathustra ou Zoroastro, que abdicando da catequese pelo amor, resolveu pregar o medo e inventou a figura do demônio.
E assim, cada escola ou religião na terra tem o seu mestre ou avatar, como Buda, Krishna, Brahma, Lao Tse, Confúcio, Maomé, Saint Germain, Mahatma Ghandi ... Até o maior de todos eles que foi Jesus Cristo.
Existe um hino religioso muito usado pelas igrejas evangélicas que eu conheço desde que freqüentava a Igreja dos Mórmons, na década de 60, e cuja melodia foi adotada também pela Cavalaria norte-americana, que diz o seguinte: “Já refulge a glória eterna de Jesus o Rei dos Reis / Breve povos deste mundo ouvirão as suas leis / Os sinais de sua vinda mais se mostram cada vez ...”
Pois bem. Segundo o escritor, médium e conferencista Rogério de Almeida Freitas, que usa o pseudônimo de Jan Val Ellam, aproxima-se o tempo em que todos os mestres, liderados por Jesus, retornarão a Terra para um reencontro com os seus discípulos ou seguidores de suas respectivas doutrinas. Eles virão, segundo Ellam, numa grande nave-mãe, de milhares de quilômetros de diâmetro, que ficará estacionada ou orbitada a uns 400 mil quilômetros de distância e de lá farão contatos, em naves menores, com o nosso planeta. Para a cobertura desse grande evento, segundo Ellam, estão já ‘acampados’, nas proximidades da Terra, há vários anos, equipes de “jornalistas” extra-terrestres, oriundos das mais diversas galáxias ou origens planetárias.
Essa grande nave-mãe ou base espacial será avistada da terra como se fosse um planeta ou cidade artificial, e já foi inclusive mencionada na Bíblia pelos profetas com o nome de “Jerusalém Celeste”, embora nada tenha a ver com a cidade terrestre de Jerusalém.
Jan Val Ellam nos explica, numa de suas palestras no programa Projeto Orbum, de Carlos Cruz, na Rede Boa Nova de Rádio, de Guarulhos(SP), que essa nave é necessária como veículo para os mestres, porque nem todos eles possuem, em seus diversos estágios de aperfeiçoamento, o poder e a capacidade de Jesus, de dispensar um meio material de transporte para se deslocarem no espaço.
Esse retorno dos mestres, sob o comando de Jesus, está sendo anunciado e previsto para breve.

(Luciano Machado)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A ABÓBORA E A JABUTICABA

Era uma vez, num sítio em que abundavam diversas plantas e árvores frutíferas, uma silenciosa abóbora que dormitava em seu canteiro ... e lá no alto, uma radiante jabuticaba, presa a um galho de sua jabuticabeira.
Diante do silêncio da abóbora meio oculta entre suas folhagens, a jubuticaba resolveu puxar conversa e falou:
-- Ó minha gorda e pesadona abóbora, por que vives a dormitar sempre no mesmo lugar, escondida entre tuas folhagens? Por que não te exibes alegremente como eu, ao sabor da brisa cá nas alturas, de onde posso avistar todo este quintal e mais além?
E a abóbora respondeu:
-- É que a natureza nos fez diferentes ... eu, uma humilde abóbora que cresce e amadurece cá na terra entre as folhagens deste canteiro; e tu, jabuticaba, essa linda fruta que habita as alturas com suas irmãs, cada qual mais bonita, com sua pele viçosa e colorida. Eu, sem invejar-te, me resigno a esta condição de simples abóbora, à espera de ser colhida e servir de nutritivo alimento à mesa de meus donos ...
-- Ah, mas não sabes o que estás perdendo, minha lamentável abóbora! Eu aqui estou a salvo de ser pisoteada ou de ser transformada em máscara ridícula, oca e recortada com olhos, nariz e boca, e com uma vela acesa dentro, no dia das bruxas ...
-- É verdade ... Mas o que vou fazer?
-- É, não podes fazer nada. Nem mover-te em tua inferioridade ... Mas eu, que vivo nas alturas, posso dizer o quanto estás perdendo. Eu olho de cima para baixo, sobranceira, contemplo a aurora e o crepúsculo; banho-me com os raios prateados da lua cheia e com os raios dourados do sol, que realçam a minha beleza, e as brisas matinal e noturna mantêm o frescor da minha pele ...
-- E contudo, minha querida jabuticaba, o teu destino é pior do que o meu ... – disse a abóbora.
-- Como podes afirmar isso?
-- Apenas pelo fato de eu viver na terra e tu nas alturas ...
-- Explica-te!
-- Sim, jabuticaba ... Já ouviste dizer que “quanto mais alto é o pedestal, maior o tombo?”
-- E o que tem isso a ver comigo?!
-- Similarmente corres o risco de amadurecer e apodrecer aí em cima ... Se engordares muito e ficares pesadona, cairás e te espatifarás aqui em baixo e servirás de alimento às formigas; se ficares muito vistosa e presa ao caule, os pássaros te bicarão e abrirão buracos em tua delicada pele, e nela se introduzirão os vermes que te devorarão por dentro ... E se nada disso acontecer, e ainda ficares aí, de menina que foste, e de bela rapariga que és, envelhecerás, apodrecerás e murcharás, e te transformarás num fruto seco e horroroso, morto e insepulto, esquecido no pé, cuja feiúra será realçada ao sol e ao luar, e tuas sementes não gerarão novas árvores ...
-- Oh, como és impiedosa em tuas palavras!
-- Eu lamento, minha irmã Jabuticaba. Eu estava quieta e tu me fizeste falar ... Enquanto a mim, simples abóbora, não tenho receio de cair das alturas, nem de apodrecer em vida. Serei colhida, servirei de alimento sadio e minhas sementes garantirão a minha descendência ... E, sabendo-me assim, a nada mais aspiro do que continuar sendo uma abóbora.
A partir de então, a abóbora e a jabuticaba nunca mais se falaram ...

Luciano Machado

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ROCHESTER

Aqueles que se dizem aristocratas e que perseguem ou falam mal das classes menos favorecidas, numa sociedade mais sábia, justa e esclarecida, como a da Grécia antiga, correriam o risco de serem repudiados e expurgados do seio da verdadeira aristocracia. Segundo Aristóteles, na acepção política da palavra, ‘a aristocracia é o governo dos melhores, sem distinção de riqueza ou nascimento’. As figuras exponenciais de Ben Hur, Hipácia, El Cid Campeador, Francisco de Assis, Mahatma Ghandi, Madre Teresa de Calcutá e Nelson Mandela são exemplos do que é reunir em si as qualidades de um verdadeiro aristocrata.
Um legítimo aristocrata é, por exemplo, na atualidade, o príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra que, embora possa ter os seus defeitos, considera os pobres e desvalidos seus irmãos, pois ele sabe que a maior fortuna de alguém não é unicamente ter dinheiro, viajar e gozar os bons momentos e prazeres da vida, mas é também estar em paz e harmonia com Deus, com a sua consciência e contribuir da melhor maneira para o bem estar da humanidade, uma vez que está inserido no mesmo contexto e sujeito às mesmas leis, civis e naturais, como ser humano, ‘homo sapiens’ e cidadão planetário.
Um dos grandes e mais controvertidos aristocratas da história, John Wilmot, o segundo Conde de Rochester, cujo título de nobreza provinha de uma tradição familiar consolidada por serviços militares prestados por seu pai à monarquia inglesa, viveu uma de suas mais breves e tumultuadas reencarnações no século dezessete. Amigo pessoal do rei Carlos II e profundo conhecedor de latim, grego, francês e italiano, foi um poeta satírico e boêmio, um tanto libertino e sedutor, que além de sua mulher legítima possuía várias amantes e morreu prematuramente aos 33 anos de idade. O dramaturgo inglês Stephen Jeffreys escreveu sobre ele uma obra que se transformaria em grande sucesso de bilheteria sob o título de “O Libertino”. Mas o fato é que Rochester é hoje considerado, trezentos anos depois do registro de sua última passagem física, através do precioso conteúdo de seus livros, um dos grandes benfeitores espirituais da humanidade. Autor de mais de cinqüenta romances mediúnicos através da russa Wera Krijanowski, entre os quais o Chanceler de Ferro (onde narra a história de José no Egito), ele aborda praticamente todos os temas relacionados à vida moral, científica e espiritual da humanidade, desde a antiga Assíria, Grécia, Roma e Egito, passando pela Idade Média e Renascença, até nossos dias.
Portanto, a esses que atualmente se dizem aristocratas e que ignoram o que seja a verdadeira essência da aristocracia, recomendo a leitura dos livros de um eterno e legítimo aristocrata, Rochester, onde receberão lições de bom senso, etiqueta, humildade e convívio respeitoso com todas as categorias sociais, econômicas e comportamentais de indivíduos, em seus respectivos habitats e planos existenciais, nesta vida, em outras, em nosso Planeta ou fora dele.

(Luciano Machado)
ACADEMIA SANTANENSE DE LETRAS

Aproximai-vos e sede bem-vindos à leitura
Com que vos brindo agora:
As Artes, as Letras, a Cultura
Dão-se as mãos de novo, como outrora,
Em Sant`Ana do Livramento,
Memorizando Vidas e Obras do Passado,
Imortalizadas num depoimento
A cada uma das Cadeiras vinculado.

Satisfazei vossa curiosidade
Através das biografias desses Vultos,
Na prosa literária, na poesia,
Trazidos à contemporaneidade.
A cada uma dessas Mulheres e Homens Cultos,
Notáveis Patronos da Academia,
Está assegurado o direito da homenagem
No respectivo Elogio representado,
Salientando a Figura Humana e a Mensagem
Em seu perene e legítimo Legado.

Deixai agora que vos diga, finalmente,
Em que consistem as Letras propriamente:

Libertar das amarras o talento, a magia
E a expressão literária do que é belo,
Transmitindo o pensamento, e as idéias em geral,
Resgatáveis na prosa e na poesia,
Através da literatura como arte universal
Sem fronteiras e sem nenhum constrangimento.

Luciano Machado