domingo, 11 de julho de 2010

UMA VIAGEM ASTRAL


Naquela noite, há uns 30 anos, eu resolvi fazer uma experiência de viagem astral.
Peguei meia folha de papel e nele escrevi o que pretendia: deslocar-me no tempo e no espaço com o objetivo de realizar uma consulta espiritual.
Dobrei e coloquei aquele papel em baixo do travesseiro e depois de uma breve oração, esperei que viesse o sono e um sonho que fosse compatível com o meu desejo.
E de fato isso aconteceu. Em determinado momento, adormecido, senti que o meu corpo se deslocava no espaço numa velocidade vertiginosa. Sentia que o meu corpo estava morno, nem frio nem quente, e a sensação que se produzia durante esse transporte era bastante agradável. Não sei quanto tempo durou esse deslocamento, mas a impressão é que se passaram poucos minutos, durante os quais a paisagem mudava, ou melhor, deslizava por baixo de mim, especialmente o oceano com suas águas ora encrespadas ora turbulentas. Até que ‘aterrissei’ suavemente, numa região desconhecida, no centro de uma espécie de templo semelhante àquele que existe na Grã-Bretanha, cercado de pedras gigantescas. Ali estava um grupo de sacerdotes, com seus paramentos, e com eles mantive uma conversa cujo teor não consegui recordar. Mas o fato é que depois dessa experiência eu passei a me sentir bem melhor, e muitas coisas mudaram em minha vida, em vários aspectos, inclusive no campo profissional.
Nunca mais repeti essa experiência de forma premeditada, embora tenha passado por ela muitas vezes durante o sono.
As viagens astrais são uma realidade. Elas se produzem sempre, naturalmente, durante o sono, e suas evidências são as características especiais do sonho, ou de parte dele, não de forma vaga ou nebulosa, mas pelo realismo e nitidez com que as coisas acontecem, possibilitando-nos uma perfeita lembrança de tudo. Nesses momentos, durante o sonho, é possível questionarmos o que está acontecendo, e várias possibilidades de prova ou constatação material se oferecem através dos cinco sentidos, como esfregar as mãos, os olhos, pegar algum objeto, examiná-lo e cheirar para ver se é verdadeiro, sentir o gosto, etc.
A forma que narrei no início é a mais simples das modalidades induzidas de viagem astral. Existem outras, onde se seguem técnicas e regras especiais, como as que menciono à pagina 103 do meu livro o Elixir dos Magos, quando o personagem Ciro Paganel conduz um grupo de pessoas através do éter, num agradável passeio astral, sobrevoando várias regiões do planeta.

(Luciano Machado)