domingo, 13 de junho de 2010

O HOMEM E SUAS FUTURAS REENCARNAÇÕES

A teoria básica do espiritismo é a da reencarnação. Mas não surgiu dele, e sim há mais de dois mil anos, ao tempo dos filósofos gregos, primeiro defendida pelo célebre matemático Pitágoras e depois, com o nome de ‘a teoria da reminiscência’, que nos fala do escravo analfabeto que interrogado por Sócrates “recordava” conhecimentos de Matemática nos ‘diálogos de Platão’, lá pelo terceiro século antes de Cristo.
Mais tarde, uns quinhentos anos depois, como a teoria da preexistência, foi defendida por Orígenes (185-254 d.C.), sábio e teólogo cristão, considerado um dos doutores da igreja.
De modo que a antiga igreja cristã aceitava tranquilamente, sem discutir, a teoria da reencarnação.
Porém, lá pelo ano de 527 d.C., aconteceu o seguinte:
O imperador Justiniano casou-se com Teodora, uma cortesã e ex-prostituta. E como Teodora, depois de ter sido uma prostituta, chegou a esposa do Imperador, isto passou a ser motivo de orgulho para suas ex-colegas que ainda continuavam na vida de meretrício.
Mas para Teodora, como Imperatriz, e para seu marido Imperador, esta triste e escandalosa lembrança, ainda que verdadeira, constituía um incômodo, uma afronta e uma vergonha.
Em decorrência disso, e como Teodora tinha uma influência muito grande sobre o marido, chegou a pedir a ele que determinasse que todas as prostitutas da cidade de Bizâncio, cerca de 500, fossem eliminadas, para que não restasse nenhuma que pudesse testemunhar a sua condenável vida pregressa, extermínio este que não está evidenciado se realmente aconteceu, mas se presume que nas 35.000 mortes ordenadas por Justiniano estejam incluídas as prostitutas.
Esta atitude de Teodora, ao ser descoberta, foi repudiada pelos cristãos reencarnacionistas da época que a chamaram de assassina, e lhe disseram que em suas futuras reencarnações ela haveria de pagar muito caro por esta indução ao massacre, e que morreria assassinada tantas vezes quantas eram as vidas que sugerira ao marido mandar eliminar.
Essa ‘profecia popular’ desgostou ao imperador e a sua esposa. E assim foi convocando um novo concílio de Constantinopla, em 553, que, entre outras providências, mandava retirar da Bíblia referências explícitas sobre a reencarnação, e também dos cânones da igreja, negando para sempre a teoria defendida por Orígenes, decisão esta que foi plenamente aceita pelos bispos e aprovada pelo papa da época.
A partir daí, a igreja cristã passou a negar a teoria da reencarnação e o mesmo também fizeram as diversas denominações religiosas que, derivadas da reforma, surgiram depois.
Feita esta explanação, estamos em condições de dizer por que o homem é o seu próprio assassino, quando ataca a natureza e promove o envenenamento e a devastação, no planeta, de todas as formas de vida, agredindo sem cessar o meio ambiente e a atmosfera. Não sabe ele que está preparando o seu próprio flagelo ao tornar insuportável a vida de seus descendentes, visto que ele SE REPETIRÁ em seus próprios trinetos ou tataranetos, os quais, conseqüentemente, serão as ‘reencarnações futuras’ de seus trisavós ou tataravós.

(Luciano Machado)

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